quarta-feira, 15 de outubro de 2008

íntimo

devemos observar as "entrelinhas", as mensagens quase subliminares que podem estar presentes em um mover de mãos. a intenção é de conhecer o íntimo (no que for possível a essa altura claro), a obra e sentir as intuições, as entranhas, a vida e morte entre escritos. somos admiradores por intuição. leitores por busca. seguindo uma paixão leve e forte de conhecer.

mítica

como uma criatura, ser (não sei que palavra usar) mítica. tanto que não deixo de me sentir frágil ao tentar esboçar uma idéia ou uma miséra impressão de quem foi. provavelmente não se compreende qualquer obra sem seu autor. e em seu olhar, seu jeito de falar, até mesmo seu modo de segurar o cigarro percebo mesmo em seus traços uma poesia explícita. não só escrevia livros, crônicas, contos, colunas... como parecia se escrever. talvez por isso permanecesse viva. ela é (é. em seu modo imortal...) de uma estranheza, de uma sensação, de uma espécie de mundo que gritava de dentro enquanto reproduzia uma voz delicada e aparentemente (somente) frágil.
quantas pessoas podem falar? quem a conheceu profundamente?
[afinal, será que qualquer pessoa pode conhecer profundamente alguém?]
será que mesmo a literatura pode se compreender? será que alguém, mesmo o próprio autor, consegue realmente, suficientemente explicar seu processo criativo?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

impressões de um alguém


talvez tenha suas fases. conhecimento. autoconhecimento. idéias. intuições. leitores. em cada história (não importa qual seja) uma parte de si. um olhar daquele mais enigmático e misterioso que seja. ela é conhecida. ela é conhecida? de um tipo de timidez. de uma loucura visceral. a intuição. a intuitiva. a força da delicadeza.

"como voar suspensa por balões".*


*acordar-se (nossa conversa) - diário da noite - 16 de setembro de 1960